Um dia sem nada para fazer

Ontem acordei umas 10 horas da manha, não costumo dormir ate tarde, mas como esse feriado ainda esta deixando meio desregulado nossos horários biológicos, fiquei ali com uma preguiça de encarar o dia. Nem tinha feito mesmo uma programação do que fazer nesse sábado, para mim o importante seria arrumar uma atividade bem legal para fazer.

Não estava com saco para convidar nenhuma menina para sair, estou numa fase que tem que ser alguém que valha a pena. Posso ate sair com amigas ou amigos, porem esses estão em falta, vivem enrolados e em atividades intermináveis e nunca tem tempo para os amigos.

Fui então arrumar a casa, existe tarefa mais interessante que essa? Os tempos mudaram nós homens temos que fazer tarefas domesticas, as mulheres tomaram seu espaço na sociedade e se você pedi um copo d’água, elas logo dizem que não são empregadas domesticas. No meu caso faço essas tarefas porque sou liso mesmo, não tenho como pagar uma pessoa para vim limpar minha casa pelo menos a cada quinze dias.



Pois é, depois de feita as tarefas do lar fui ao centro da cidade. Minha vida é sempre no transporte coletivo, no caso nesse sábado estou indo de Topic da linha 028 que passa na Avenida Gomes de Matos. A viagem foi rápida logo estava no Dudas almoçando um misto de frango, com lingüiça e carne de sol, com arroz, feijão, farofa e verdura, gostei comida simples mais gostosa ainda acompanhada de suco de laranja.

Em frente ao Dudas, estava o Centro Cultural BNB. Que lugar mais ir? Fiquei pensando. Resolvi entrar e fiquei por ali umas duas horas estudando na biblioteca. Quando estava saindo, vi que lá fora estava tudo molhado deu uma chuva forte. O dia estava desinteressante, sem ter para onde ir, o jeito foi ir para a Praça do Ferreira, uma caminhada de apenas cinco minutos e já estava em frente a praça, mas os bancos estavam todos vazios. Olhei de um lado para o outro e entrei novamente no Dudas, porem a unidade que fica na Praça do Ferreira, fui comer uma tapioca de frango com queijo e tomar café com leite.

Já sentado nos bancos fiquei lendo sobre a História do Brasil. Três jovens sentaram ao meu lado direito e começaram a conversar, parece que trabalhavam na Claro vendendo Chip, pois só falavam nesses assuntos. Tinha uma jovem muito bonita, um rapaz no meio e uma outra jovem mais feia do outro lado do rapaz. Ele colocou os braços sobre os ombros da jovem mais bonita.

A jovem mais bonita era magra, alta e cabelos pretos longos, o rapaz era moreno claro, magro, usava um boné e a outra jovem que era mais feia era meio gordinha, um pouco morena clara. O assunto dentre eles mudou, der repente saíram de conversas relacionadas ao trabalho e passaram a falar sobre vida pessoal.

O rapaz contou que seu irmão usava drogas e sua mãe era traficante. Também contou que sua Irma que era mais nova que ele já tinha filho. Olhando dava para ver que ele tinha no maximo 18 anos. Ele falou que um amigo disse que numa situação dessas ele já tinha virado criminoso. Eu me lembrei que meu pai era alcoólatra batia na minha mãe, tinha uma amante e dessa amante teve um filho que hoje com 19 anos está preso pois assaltou para arrumar dinheiro para comprar drogas.

Vejo que ele realmente tinha forca de vontade, mas isso que ele contava para a jovem bonita parece ter desiludido ela, pois quando eu me levantei para ir embora, vi ela passando e olhei o rapaz já estava agarrando a moreninha, que parecia ser uma segunda opção para ele.

Sem nada para fazer, fui pegar o ônibus lá na Avenida Duque de Caxias para ir a casa da minha irma. Quando chegou o Parangaba/Mucuripe estava lotado e subi nele mesmo assim. Foi aquele aperto pessoas se encostando nas outras obrigatoriamente. O sufoco cotidiano se vê sempre nesse ônibus que ligam o terminal de passageiros a regiões distantes.

Cheguei na vila que mora minha Irma e logo notei que não tinha ninguém. Logo agora que tinha mudado de idéia e estava pensando em ligar para uma pessoa amiga minha que mora lá no Bom Jardim, estava pensando em fazer uma visita a ela, porem como não podia entrar para tomar banho e trocar de roupa desisti. O Jeito é mesmo ficar sem fazer nada vegetando em frente a TV.










Por Carlos Emanuel

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