Dia de Carnaval em Fortaleza

Ontem a noite durante o show da Moinho no Aterro de Iracema fiquei observando as pessoas, muitas agitadas, movidas a álcool. Outras no maior amasso com seus namorados ou paqueras recém conhecidos. Nunca fui muito de conseguir ficar com alguém em festas. Dizer que nunca rolou seria mentira, mas em relação ao numero de vezes que fiquei só com vontade é muito maior.

Hoje sai de casa para olhar o tradicional carnaval da Avenida Domingos Olimpio. Primeiro estive na casa da minha amiga Lucia de Fátima que mora na rua: Major Facundo bem próximo onde ocorre os desfiles das escolas de samba. Cheguei lá na rua e vi as mesmas pessoas de um ano atrás quando estive nesse mesmo carnaval.

O meu olhar logo viu ela, Rafaela uma jovem linda que sempre admirei e que nas vezes que quis ficar com ela, não tive muito resposta positiva. Soube que ela estava com um cara não muito honesto e que por isso ela estava envolvida nisso também. Para minha surpresa, ela não tirava o olhar de mim.

Pouco depois chegou o Alexandre amigo meu, bem parecido e que sem esforço nenhum atraia os olhares das mulheres. O que eu muito me esforço para conquistar, ele tem com facilidade. Agora eu nem ligava para isso, resolvi passar os momentos ali com meus amigos.

Fomos dar umas voltas e a Lucia tinha ligado para uma amiga que ela queria me apresentar. Como ela demorava disse a ela que não insistisse, não deveríamos dar moral para as mulheres se não elas se acham superiores e ficam nos esnobando.

A Avenida Domingos Olimpio estava bem iluminada, Arquibancadas com coberturas, vários banheiros químicos, bastantes seguranças, policiamento, corpo de bombeiros e na avenida muitas câmeras filmando toda a movimentação, alem do Telão que mostrava nitidamente as imagens em boa definição para quem estava por perto.

Alem de não estar desesperado por mulheres, também não estava bebendo, alias desde a virada de 2011/2012 estou sóbrio, parafraseando os Alcoólicos Anônimos, por isso mesmo estava vendo muitas mulheres feias. Não queria me agarrar com uma mulher sem beleza para mim, somente para ter o prazer de dizer que fiquei com alguém, já não preciso disso para me afirmar como homem.

Mas Lúcia queria empurrar alguém para mim, só que quem ficou com uma menina foi o Alexandre, ai chegou o Ezequiel e também nos fez companhia e fomos andar. Víamos cada figura, principalmente travestis e alguns homens chegados a vestir-se com roupas femininas. Estava vendo as pessoas da minha infância que sempre estão freqüentando esse carnaval.

Na volta para casa agora pouco, peguei na Avenida da Universidade o ônibus Parangaba/Mucuripe, mal subi já estava preocupado onde descer. Quando dei o sinal e olhei ainda vi algumas pessoas por perto, pois tinha um posto de gasolina em frente a parada de ônibus. Segui caminhando, dei uma olhada de relance e vi o Centro Dragão do Mar que estava fechado e algumas pessoas desciam no sentido das boates que fica na frente da praça do Dragão do Mar.

Sai da Avenida Dom Manuel e entrei a direita na Avenida Monsenhor Tabosa. Olhei para frente e percebi que iria enfrentar situações perigosas. Primeiro passou um casal. Quando olhei longe vinha um homem de preto, comecei a gelar e fui caminhando pelo canto da calçada próximo ao paralelepípedo. Ele ainda me olhou, mas seguiu, talvez estivesse também com medo como eu.

Mas na frente passou dois adolescentes meio estranhos, só que dessa vez sai logo foi da calcada e caminhei no meio da Avenida. Nada porem aconteceu, faltava mais dois quarteirões e dei uma olhada para frente e vi vários meninos, um deles com um pau na mao, ai resolvi entrar na primeira rua a direita e fui andando quando estava chegando na esquina com a rua Tenente Benévolo vi um cara no meio do escuro, ele me olhou e parecia vim em minha direção, nem pensei duas vezes e corri até chegar em casa, Ufa!!!


Por Carlos Emanuel

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