Camocim: cidade e pessoas

Quando viajamos para uma cidade pela primeira vez, queremos conhecer os pontos turísticos, onde tem uma boa comida, boa música e um ambiente legal para fazer boas amizades. Se quero saber de dados mais específicos vou ao Wikipedia.

Fico sabendo por exemplo que a cidade se localiza na mesorregião do Noroeste Cearense, com uma população de 60 mil habitantes, em que 1879 teve sua região denominada como é hoje.
Uma área de ricas histórias de intercambio entre índios e europeus. Terra do aviador Pinto Martins.
Outras coisas só conhecemos estando pessoalmente. Foi nessa viajem de sexta saindo às 20:30 no ônibus da Fretecar da rodoviária de Fortaleza localizada no bairro de Fátima  que pude começar a conhecer melhor essa cidade.
Natália e Carlos Emanuel

Fui a convite de uma moradora de lá que morou aqui em Fortaleza. Natália Oliveira. Nos conhecemos nos bate papos da vida e por isso fazia tempo que combinávamos de nos ver. Quando ela morou aqui não deu certo, mas depois que ela foi embora, houve a insistência de ambos e assim parti.
Seis horas de viagem passando por Caucaia, Paraipaba, Itarema, Jericoacoara, Granja, etc. Na madrugada estávamos nós na Pousada Tropical. Que consegui ela através da minha amiga Natália que reservou para mim e meu amigo com um dia de antecedência.
Aqui vamos descobrindo coisas especiais, como as próprias atendentes da Pousada que de manhã conhecemos ao tomar o café oferecido pela Pousada. Magda sempre simpática  além de linda, Rosinha nos proporcionando um belo café da manhã.
Na caminhada cedo conhecemos o litoral repleto de barcos de pescadores, assim vamos descobrindo o principal motor econômico dali. Ali o barco do CHUPADO, que leva carros bicicletas e pessoas para o outro lado, onde fica localizado a ilha do amor.
Chupado

Deve ser por causa de ser um lugar pacato, de barracas tranquilas. Lá tem uma escolinha de Wind Surf o esporte número dos mares de Camocim. Conheço  também o local chamado Barreiras, por causa das falésias que cercam as barracas.
Ficamos numa barraca, eu, meu amigo e as garotas que nos acompanhavam. Barraca  Marujo serviu-nos um bom peixe com uma cerveja bem gelada. No trajeto de ida e volta da barraca e pousada fomos levado pelo taxista Marola, um senhor que faz sua vida ajudando aos turistas a se sentirem confortáveis. Com ele conhecemos os Resorts dos italianos e porque ele estão fechando e querendo vender.
Na cidade que parece deserta durante boa parte do dia, com um silêncio que as vezes chega a incomodar, temos uma cultura bastante difundida: Os Paredões. Os camocinenses adoram escutar música no pancadão. Engraçado parece que eles amam mais os paredões do que as mulheres.
Na noite de sábado na Beira Mar de Camocim, vemos os bares lotados e nas mesas muitas mulheres sozinhas. E a maioria delas muito bonitas mesmo e bem arrumadas. Enquanto os caras com seus carrões pancadões sozinhas dançando em grupo como que algo que simbolize o poder.
Em pouco tempo que ficamos não dar para conhecer tudo, além do que vemos e do que as pessoas nos contam. Vi por exemplo que o candidato derrotado Chiquinho do Peixe, era um representante dos pescadores locais. E que a Mônica que ganhou para Prefeita é do partido do Cid e do Roberto Cláudio. Soube que não houve réveillon , pois como aqui em Fortaleza o Prefeito que não teve êxito na sua coligação desistiu de fazer a festa.

Ainda pude ver a cidade limpa com um centro comercial bem equipado com bancos, correios, farmácias. No mais é guardar no coração a experiência maior do que conhecer uma cidade, que é conhecer as pessoas que nela moram.

Por Carlos Emanuel

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