Copa 2014 e o contraste brasileiro

Um dia de glamour neste sábado, 30 à tarde para quem compareceu a Marina da Glória no Rio de Janeiro, onde ocorreu o sorteio dos grupos para as eliminatórias da Copa do Mundo no Brasil 2014. Tudo belo, presença de personalidades como: Pelé, Cafu, Neymar e Zico, além das apresentações musicais de Ivan Lins, Ana Carolina e Daniel Jobim; só quem estava destoando era Ricardo Teixeira e sua cara amarrada. A festa custou só trinta milhões de reais.

Enquanto isso manifestantes membros da Frente Nacional dos Torcedores se reuniram pela manhã no Largo do Machado (Zona Sul do Rio de Janeiro) e seguiram para onde se realizava o sorteio. Eles, entre outras coisas, exigiam a saída da Ricardo Teixeira do Comitê Organizador Local.

 

Será que agora depois de tanta luta para conseguirmos ter a Copa do Mundo, a sua não realização seria a salvação para todos os problemas brasileiros? Pois agora toda reivindicação por aumento salarial virou motivo para culpar a Copa. Dizem que não recebem mais por causa do gasto na competição.
 

Uma pergunta: e antes que não tinha Copa, por que as pessoas reclamavam do mesmo jeito? Agora vêm a oposição querer ser moralista e faz de tudo para preservar o dinheiro público, será que eles (PSDB, DEM, PPS) estariam fazendo esse alarde todo se a Copa fosse realizada por eles. Fazem isso porque é o PT que trouxe a Copa e pode realiza-lá. Parte do povo brasileiro é mesmo um pouco egoísta pois só quer se preocupar com sua categoria: sejam professores, motoristas de ônibus ou policiais civis, quando é sua greve, eles estão lutando por uma causa nobre, porém, quando é a greve do vizinho dizem que são vagabundos que não querem trabalhar.

 

O Pelé, que foi escolhido como embaixador falou uma coisa sensata: “As pessoas quando percebem uma coisa dando errado aproveitam para atrapalhar em vez de se unir para que tudo dê certo”. Foi uma dentro que o Rei do futebol deu, união para que aconteça algo que é alma do brasileiro, rico ou pobre, o futebol.

Por Carlos Emanuel